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Crentes perseguidos
Crentes perseguidos

  ACTUALIDADE

Cristãos perseguidos - Como pode ajudar a Igreja que sofre?

Veja aqui: Crentes perseguidos

 Índia: Cristãos, vítimas de perseguições, vivem em pânico

 "OU VIVEMOS TODOS JUNTOS COMO IRMÃOS

OU MORREMOS TODOS JUNTOS COMO IDIOTAS! (Dr. Martin Luther King)  

O dia em que Regina voltou a nascer

PAQUISTÃO: NO MEIO DA DESOLAÇÃO HÁ SEMPRE ESPERANÇA

 Fotos: © Magdalena Volnik

Continue a apoiar estes sacerdotes »

  A aldeia de Kunri, na Diocese de Hyderabad, é bem conhecida da Fundação AIS. Em Setembro de 2005, o P. Anjou Soares, que dirigia então o centro pastoral, explicava porque razão precisava de apoio. No Paquistão, cerca de 96 % da população é muçulmana. Os restantes 4 % dividem-se essencialmente entre hindus e cristãos. Por isso, dizia o P. Anjou, “os cristãos no Paquistão são como uma gota no oceano”, e, portanto, “aprenderam a lutar, mas de forma positiva”. O centro pastoral do P. Anjou Soares tem procurado aproximar a população local da Igreja, apostando essencialmente em programas de apoio na luta contra o profundo analfabetismo e na promoção da dignidade humana.  

 A diocese é um lugar imenso e profundamente pobre

A diocese é um lugar imenso e profundamente pobre. Só a cidade de Hyderabad tem mais de 1,4 milhões de habitantes. Nos anos de 2010 e 2011, violentíssimas inundações fustigaram a região. Se a pobreza já era a nota dominante para caracterizar Hyderabad, tornou-se então indescritível. As palavras pouco valem para descrever acampamentos imensos, a perder de vista, em que famílias inteiras se abrigam em reduzidíssimas tendas. Depois de terem perdido todos os seus haveres, têm agora de lutar pela sobrevivência, contra o forte calor dos dias e o extremo frio das noites, as pragas de mosquitos, a chuva que enlameia tudo, a desesperança nos dias de amanhã.

O dia em que Regina voltou a nascer

É neste universo desalentado que vamos encontrar o P. James Kajo. O seu último milagre chama-se Regina. É mais uma menina que estaria condenada a não sobreviver por ter sido rejeitada pelos seus pais, hindus, por ser do sexo feminino! Quis o destino que o parto tivesse ocorrido no hospital local e que o P. Kajo tivesse percebido, a tempo, a intenção dos pais da criança. A sua acção foi determinante. Salva, a menina foi adoptada por uma família cristã, da aldeia de Kunri, que se ofereceu de imediato para acolher a bebé. 

Esta comunidade é apoiada pela Fundação AIS.

 FONTE: Ajuda à Igreja que sofre

O catálogo da Fundação AIS é muito mais que uma loja on-line ou uma livraria virtual. Mais do que um catálogo, este é um espaço solidárioque procura proporcionar-lhe uma auténtica experiência de ajuda aos cristãos mais necessitados.

14-12-2011

Índia: Cristãos, vítimas de perseguições, vivem em pânico


Os cristãos que vivem na região de Caxemira, na Índia, sofrem duras perseguições por parte de grupos islâmicos extremistas que, neste estado de maioria muçulmana, também governam a política e a magistratura, anulando o estado de direito, denuncia a agência Fides.

Os 400 cristãos da capital Srinagar “estão em estado de pânico e incerteza no futuro”; não sabem se poderão celebrar o Natal, enquanto “a polícia age em nome da liderança política”, expressão da maioria muçulmana da população.

É o que afirma um relatório, enviado à agência, redigido por uma delegação de líderes cristãos e activistas de direitos humanos liderada pelo católico John Dayal, secretário-geral da organização ecuménica "All India Christian Council". A delegação esteve uma semana na Caxemira para verificar o respeito dos direitos humanos e da liberdade religiosa e encontrou uma situação descrita como “grave e alarmante”.

Actualmente, existem cerca de 400 cristãos em todo o vale da Caxemira. A comunidade cristã abriu escolas que hoje são as mais importantes do estado, frequentadas maioritariamente por muçulmanos. No passado, a Caxemira foi palco de actos de violência, iniciados em 2003, com acusações aos missionários cristãos de fazerem proselitismo e de converterem jovens muçulmanos.

Departamento de Informação da Fundação AIS

 

 A Fundação à Igreja que sofre é uma organização Internacional católica, apoiada pelo Santo Padre, que tenta apoiar cristãos persguidos em vários pontos do mundo.

Pode ajudar esta organização comprando qualkquer destes produtos: Terços, CDs, DVDs, livros, postais e outras coisas para oferecer no Natal ou no aniversário de um amigo.

Presentes para os amigos peça-os aqui:

E a propósito de uma oferta de aniversário, porque não oferece pelo(a) seus(sua) amigo(a) uma missa por intenção dele(a). Vai ver que ele(a) vai gostar muito. Pode mandar celebrar as suas missas e ajuda um sacerdote em países onde a Igreja é perseguida.

Intenções de Missas: faça a sua oferta aqui Acenda uma Vela

 Aqueles que irão beneficiar da sua ajuda agradecem o seu gesto!

 Santos do nosso tempo

Ajad(mártir com 14 anos)

Ajad tem apenas 14 anos. Para ajudar ao sustento da família, depois de o pai ter sido assassinado, guarda o gerador elétrico do seu bairro. Um dia, um grupo de homens, fundamentalistas, acercou-se dele procurando saber o que estava ali a fazer. Ele explicou. Depois, ao repararem que Ajad usava uma cruz ao pescoço, agarraram-no e perguntaram-lhe se era cristão. Ele disse que sim. Logo ali quiseram obrigá-lo a renunciar ao Cristianismo, convertendo-se ao Islão. Ele recusou.

As suas últimas palavras são hoje repetidas na comunidade como exemplo de fé e de coragem. «Prefiro morrer como cristão do que converter-me ao islão»- Mataram-no, crucificaram-no e, como se isso não bastasse, ainda atiraram o corpo para uma fogueira.

 

Ásia Bibi,

mãe de cinco filhos,  foi presa por ter bebido água de um púcaro por onde as camponeses, suas companheiras muçulmanas, também bebiam. Uma delas acusou-a de ser cristã, e ela teve a coragem de dizer que é verdade.

Está na cadeia à espera da morte. Mando uma das suas últimas cartas que escreveu e que, através de uma jornalista, foi publicada na imprensa mundial. Reza por ela, que é uma pobre, e não tem quem lhe faça justiça.

Sinto orgulho por ela.

Carta de Asia Bibi, da prísão.

«Meu querido Ashiq, meus queridos filhos

«É uma grande provação, esta que tereis de enfrentar. Esta manhã, fui condenada à morte. Confesso-vos que, quando ouvi o veredicto, chorei, mas no fundo não fiquei surpreendida. Não estava à espera de clemência nem de coragem por parte dos juizes, que se submeteram
às pressões dos mulás e do fanatismo religioso.

«Desde que voltei à minha cela e sei que vou morrer,todos os meus pensamentos vão para ti, meu Ashiq,e para vós, meus filhos adorados.

«Censuro-me por vos deixar sozinhos em pleno turbilhão.

A ti, Imram, meu filho mais velho de dezoito anos, desejo-te que encontres uma boa esposa e que a  faças feliz tal como o teu pai me fez a mim.

Tu, Nasima, minha filha maior de vinte e dois anos,já encontraste um marido, a família dele e uns sogros acolhedores; dá ao teu pai os netos que irás criar na caridade cristã como nós sempre fizemos.

Tu, minha doce Isha, tens quinze anos, mas nasceste com falta de entendimento. O papá e eu sempre te considerámos uma dádiva de Deus, tão boa que és e tão generosa. Não deves perceber porque é que a mamã não está aí, ao pé de ti, mas estás presente no meu coração, tens sempre lá um lugar especialmente reservado, somente para ti.

Sidra, tens apenas treze anos e eu sei que, desde que estou na prisão, és tu que tratas das coisas da casa, és tu que tomas conta de Isha, a tua irmã, que tanto precisa de ser ajudada. Censuro-me por obrigar-te a uma vida de adulta, tu que és tão pequena e que ainda devias brincar com bonecas.

Tu, minha pequena Isham, tens apenas nove anos e já vais perder a tua mamã. Meu Deus, como a vida é injusta! Mas visto que irás continuar a frequentar a escola, estarás mais tarde habilitada a defender-te perante a injustiça dos homens.

«Meus filhos não percais a coragem, nem a fé em Jesus Cristo.
Há-de haver dias melhores nas vossas vidas, e, lá no alto, quando eu estiver nos braços do Senhor, continuarei a velar por vós. Mas, por favor, peço-vos a todos os cinco que sejais prudentes, que não façais nada que possa ultrajar os muçulmanos ou as normas deste país. Minhas filhas, gostaria muito que tivésseis a sorte de encontrar um marido como o vosso pai.

«Ashiq, amei-te desde o primeiro dia, e os vinte anos que passámos juntos são a prova disso mesmo. Nunca deixei e agradecer aos céus a sorte de te ter encontrado, de ter tido a possibilidade de casar por amor e não um matrimónio combinado, como acontece na nossa região. Os nossos dois feitios sempre combinaram um com o outro, mas o destino estava à nossa espera, implacável... Criaturas infames
atravessam-se no nosso caminho. Estás agora sozinho perante o fruto do nosso amor, mas deves manter a coragem e o orgulho da nossa família.

«Meus filhos, desde que estou encerrada nesta prisão, oiço as descrições de outras mulheres para quem a vida também se mostrou muito cruel. Posso dizer-vos que tivestes a sorte de conhecer a vossa mãe, a alegria de viver do nosso amor e da nossa coragem para trabalhar. Sempre tivemos o supremo desejo, o pai e eu, de sermos felizes e de vos fazermos felizes, embora a vida não fosse fácil todos os dias.

Somos cristãos e somos pobres, mas a nossa família é uma grande riqueza. Gostaria tanto de vos ver crescer, educar-vos e fazer de vós pessoas honestas - mas sê-lo-eis certamente!

«Sabeis a razão por que vou morrer e espero que não me censureis por partir assim tão depressa, porque estou inocente e não fiz nada daquilo que me acusam.

«Tu sabes que é verdade, Ashiq, tal como sabes que sou incapaz de violência e de crueldade. Às vezes, porém, sou teimosa.

«Por aquilo que calculo, não vai demorar muito. Em poucos minutos, fui condenada à morte. Não sei ainda quando me irão enforcar, maspodeis estar tranquilos, meus amores, irei de cabeça levantada, sem medo, porque serei acompanhada por Nosso Senhor e pela Santa Virgem Maria, que vão receber-me nos seus braços. Meu bom marido, continua a educar os nossos filhos como eu gostaria de fazer contigo.

«Ashiq, meus filhos bem-amados, vou deixar-vos para sempre, mas amar-vos-ei eternamente.»

Fonte: "Blasfémia", Asia Bibi, Aletheia, p. 54