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Homilia para o Domingo de Ramos
Homilia para o Domingo de Ramos

 

I Leitura

Salmo Resp.

II Leitura

Evangelho

Is 50,4-7

Sl 22,8-9.17-20.23-24. R. 2a

Fl 2,6-11

Mc 14,1-15,47

Seis dias antes da Páscoa, o Senhor entrou em Jerusalém. «Muitos estenderam as capas pelo caminho; outros, ramos de verdura que tinham cortado nos campos.E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás gritavam:Hossana! Bendito seja o que vem em nome do Senhor!»(Mc 11, 8-9)

Por que motivo toda essa multidão veio ao encontro do Senhor com alegria, com entusiasmo para aclamarem o Senhor, que vinha num jumento? Normalmente os reis fazem-se anunciar com guardas e tropas e chegam montados em grandes cavalos ou em grandes automóveis. Mas o Senhor chega montado num jumentinho. O cavalo simboliza poder e orgulho. O jumentinho simboliza a pobreza e a humildade.

Jesus sabe que vai entrar na cidade principal de Jerusalém. É ali que se encontra o centro do poder religioso e político. Ele não quer lutas com ninguém. Apresenta-se na simplicidade e na humildade e é recebido pelos simples e pelos humildes, que O aclamam como O Messias, filho de David, Aquele a quem os profetas anunciaram. Dizia o salmista: «Esta é a geração dos que o procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacob ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.Quem é esse rei glorioso? É o Senhor, poderoso herói, o Senhor, herói na batalha.  Ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso.  Quem é Ele, esse rei glorioso? É o Senhor do universo! É Ele o rei glorioso»(Sl 24(23), 6-10)

Este é o exemplo que Jesus nos dá logo no início da Semana Santa: um grande exemplo de simplicidade e de humildade. Esta atitude contrasta com a atitude dos chefes religiosos e políticos, que sentem estar a perder a sua influência junto do povo por causa de Jesus. Várias vezes lhe aramaram ciladas, várias vezes procuraram prendê-lo, mas tinham medo do povo, que O considerava um grande Profeta. Para os senhores instalados no poder Jesus era um grande desafio e representava uma grande ameaça. Era preciso fazê-LO desaparecer. Foi então que se serviram de Judas, um dos amigos de Jesus, que O atraiçoou vendendo-O      por trinta       moedas de prata. Foi isto que fizeram os irmãos de José no Egipto, que, para se livrarem do irmão o venderam também por trinta moedas de prata. Foi ele que mais tarde, veio a salvar os seus irmãos da fome e da morte.      

Deus, porque nos ama muito e nos quis salvar permitiu que o nosso Salvador se fizesse homem e padecesse o suplício da cruz. Foi isto que ouvimos há pouco na leitura da Paixão do Senhor. Sendo inocente, entregou-Se à morte pelos pecadores; não tendo culpas, deixou-Se condenar pelos culpados.  A sua morte redimiu os nossos pecados  e a sua ressurreição abriu-nos as portas da salvação.

Que cada um de nós imite Jesus na sua total humilhação. A humildade de Jesus é uma virtude aceite e não imposta. É uma humildade de obediência e de serviço e não de desobediência e de escravidão. A humildade de Jesus gera a Ressurreição e a Vida. Peçamos ao Senhor que nos ajude com a Sua graça para que seguindo os ensinamentos da sua paixão, mereçamos tomar parte na glória da Sua ressurreição.

Lousã, P. Luís Pinho