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Homilia -11.º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Homilia -11.º Domingo do Tempo Comum - Ano B

 

I Leitura

Salmo Resp.

II Leitura

Evangelho

Ez 17,22-24

Sl 92,2-3.13-16. R. 2a

2 Cor 5,6-10

Mc 4,26-34

 

 

 

 

A nossa vida está cheia de mistérios: uns têm a ver connosco, outros têm a ver com os outros e outros ainda estão relacionados com Deus.

Pensando bem, a nossa própria existência é um mistério. O esforço continuado de gerações e gerações de cientistas ainda não conseguiu descobrir todos os mistérios da vida, uma vez que todos os dias aparecem novas descobertas que vêm revolucionar aquilo que já se dava como certo.

Mas, o mistério de Deus, esse ninguém vai conseguir descobri-lo, porque Deus Ele mesmo é Mistério insondável pela nossa capacidade humana. Para penetrar no mistério de Deus temos conhecer bem as Sagradas Escrituras, pois são elas que nos conduzem ao conhecimento desse mistério. O mistério de Deus resume-se numa palavra: DEUS É AMOR e, por isso, quando mais vivermos o amor de Deus mais entramos neste mistério.

Por vezes interrogamo-nos como é que determinada pessoa parece que mudou de um dia para o outro e passa a ser mais atenciosa, mais carinhosa, mais participante e menos conflituosa. A resposta é simples. Deus foi agindo no coração dessa pessoa sem ela saber como, sem os outros saberem como e os resultados aparecem. O reino de Deus vai surgindo aqui ou ali, onde as pessoas não estão completamente fechadas ao amor e, sem saber como, as pessoas deixam de ser o que eram para serem outras.

Já dizia Jesus: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.»(Mc 4, 26-27)

Convém notar ainda que, por vezes, um pequeno esforço da nossa parte, uma palavra, um convite para uma reunião, uma Catequese, um encontro, pode transformar uma pessoa que andava completamente afastada de Deus. Para transformar o mundo não são precisos grandes gestos  ou grandes acções, mas grandes pessoas. Para transformar o mundo são precisos corações grandes, que estejam atentos e façam pequenos gestos, pequenas atitudes que, por vezes valem ouro, por vezes são um tesouro. Uma palavra dita na hora certa a uma pessoa pode evitar que ela se perca e pode levá-la a ser feliz. Esse gesto, essa palavra que se diz na hora própria é o grão de mostarda de que fala o Evangelho de hoje:« o grão de mostarda, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»(Mc 4, 31-32)

São esse pequenos gestos que nos darão a salvação quando nos apresentarmos diante do Senhor no fim da nossa vida, pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.( 2 Cor 5, 10)

P. Luís Pinho