Criar uma Loja Virtual Grátis
Conferência de S. Vicente de Paulo
Conferência de S. Vicente de Paulo


Como nasceram as Conferências Vicentinas?

As Conferências de S. Vicente de Paulo entraram em Portugal há 120 anos. Foram fundadas por Frederico Ozanam e alguns colegas universitários em Paris(França) 25 anos antes. Escolheram como patrono S. Vicente de Paula, que também ele trabalhou muito para aliviar o sofrimento humando na época em que viveu e na Pátria que era a sua.

A Conferência Vicentina da Lousã

A Conferência de S. Vicente de Paulo, da Lousã, será uma das mais antigas, pois, pessoas que já partiram, se hoje fossem vivas, já tinham mais de 100 anos. Estiveram na Conferência e não se lembravam dos seus fundadores. A D. Fernanda Cordeiro, esposa de um magistrado, fez-se vicentina nesta terra. Ainda vive e refere que a Conferência Vicentina da Lousã é muito antiga.

O antigo Hospital de S. João, cuja fundação data de 1865, sofreu obras de adaptação às novas necessidades de saúde em 1985. Nesta data estiveram presentes as senhoras Piedade Soares, Mariazinha Bandeira, Amélia Franqueira, entre muitas outras, as quais já eram da Conferência nesse tempo.

Os primeiros tempos

Tudo começou com a classe da alta sociedade, as senhoras esposas de médicos e magistrados e mesmo da nobreza das casas brazonadas da vila. Precisavam, no entanto, de pessoas piedosas do povo, que ajudavam nas visitas domiciliárias às famílias carenciadas daquele tempo.

Havia as Conferências masculina e feminina. A feminina reunia na sacristia todas as semanas, enquanto a masculina reunia no coro alto, junto a um altar de Santa Cecília, que aí existia.

Como fazemos?

Em primeiro lugar pedimos ajuda a Deus para assim sermos justas em todas as situações.

O que fazemos?

Nesta altura estamos a ajudar cerca de 120 famílias com bens alimentares para o que temos a ajuda do banco Alimentar da luta contra a fome e também a ajuda da Câmara Municipal da Lousã, que faz o transporte desses bens do Banco alimentar todos os meses. Só Deus sabe quanto esforço e quanta canseira isso nos acarreta. A força para esse trabalho vem-nos de Jesus, que tanto sofreu por amor. Mas precisamos de braços para a missão.

Casos pontuais também são ajudados. Temos parcerias com Assistentes sociais da Câmara, da ARCIL e Segurança Social.

Faltam recursos para ajudar

A Conferência Vicentina tem ainda ajudado na alimentação de muitas crianças com leite e alguns com leite especial e medicamentos. Esta tem sido a nossa maior despesa. Tem sido muito sifícil de aguentar.

Outras ajudas da Conferência dizem respeito a certos casos de pagamentos de água, luz, gás, rendas de casa. Em muitos casos temos dificuldade em dar resposta porque nos faltam recursos. Damos prioridade às crianças.

As assistentes sociais já têm pedido a nossa ajuda, mas nós não temos meios para ajudar a resolver algumas situações. Mesmo assim temos ajudado famílias desmoronadas com mobílias, colchões, mesas, roupas de cama, fogões, tapetes, louças, frigoríficos, esquentadores, cadeiras, sofás, etc.

Convites caem no vazio

Temos convidado pessoas a fazer parte da Conferência. Algumas ainda vão ficando, mas outras não estão preparadas para esta missão difícil, mas que nós fazemos com dedicação aos Cristos deste mundo.

Incompreensões sofridas

Não é fácil lidar com pessoas, que não são educadas e que nos tratam sabe Deus como, mas com a graça de deus somos fortes nas adversidades e perseverantes.

 Donde vêm as ajudas?

 As Conferências Vicentinas sempre viveram da generosidade das pessoas mais abastadas. Além disso era feita uma colecta(de ofertas) entre os elementos da Conferência. Faziam-se também peditórios de rua e à porta da Igreja. Dentro da Igreja havia uma caixa de esmolas para os pobres, com uma imagem de S. Vicente de Paulo com uma criança ao colo e uma legenda que dizia:" quem dá aos pobres empresta a Deus". Alguns voluntários inscreveram-se como subscritres pagando uma quota para ajuda dos mais necessitados.

 Os tempos foram mudando, as mentalidades não são as mesmas e as necessidades também não. As Conferências têm sabido adaptar-se às necessidades dos tempos de hoje, mas há uma grande crise de pessoas que queiram trabalhar neste campo, nesta obra que é de Deus. As Conferências Vicentinas  começaram em França com jovens cultos e generosos e com amor ao próximo. Hoje são pobres, que vão ajudar os pobres.

Para conseguir alguns fundos para a Conferência desenvolvemos várias iniciativas como:

  1. Peditório dos Reis todos os anos;
  2. 4 peregrinações a Fátima, duas em Maio e duas em Outubro;
  3. No fim de Outubro uma peregrinação a um outro Santuário a escolher oportunamente;
  4. Pela ocasião da feira de S. João na vila da Lousã, fazemos uma quermesse e também outra na Feira de artesanato com trabalhos feitos por nós;
  5. Alguns benfeitores vão dando algumas ofertas;
  6. Ofertas também de subsritores, que pagam habitualmente a sua quota, mas esta receita tem diminuido ultimamente;
  7. Em cada reunião fazemos uma colecta entre as vicentinas.

Desabafo

No ano passado(2010) tivemos saldo negativo. Temos muita pena de não poder ajudar mais pessoas, mas não conseguimos. Achamos que devia haver mais sensibilidade por parte de todas as pessoas, de um modo especial as que frequentam a Igreja e não valorizam a nossa acção.

Estamos a dar a cara pelos pobres e, se estamos a vender rifas, viram-nos a cara ao lado. Isto dói mesmo. Não se pode esquecer que este projecto é de Deus. Precisamos de mais pessoas com vontade de amar a Jesus Cristo vendo-O nos irmãos que sofrem. Jesus Cristo não está só no sacrário ou dentro da Igreja. Ele está em todo o sofrimento humano, as vitímas da violência, da discriminação, do desemprego, da doença, de toda a espécie de pobreza corporal e espiritual.

A oração é muito importante. Dá-nos força e anima-nos, mas se não partirmos para a acção temos contas para dar a Deus. Não podemos deixar que o egoísmo tome conta de nós. S. Tiago foi dizendo que «a fé sem obras é morta».

A pedido do meu pároco, Sr. Padre Luís

Ao serviço dos mais desfavorecidos

Maria Madalena L. Fernandes.